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Por que Deus é “Ele”?

É do interesse de ambos, homens e mulheres, que Deus seja retratado como uma figura masculina.

Cima da Conegliano, Giovanni Battista; God the Father; The Courtauld

Uma das críticas que muitas pessoas fazem contra a Bíblia está no fato que ela descreve Deus em termos masculinos. O exemplo mais óbvio é a referência a Deus como “Ele”. Mas por que a Bíblia fez assim?

Bem, aqui está a resposta: porque a Bíblia está preocupada em fazer com que o mundo seja um lugar com mais gentileza, menos violento e mais justo. Se você concorda com esse objetivo – e eu suspeito que concorde – então você vai ter que concordar que a Bíblia acertou nessa decisão.

Antes de explicar melhor, eu preciso acrescentar uma ressalva óbvia: o Deus da Bíblia não é macho e nem fêmea. Deus está acima de gêneros. O que eu estou falando aqui é sobre o motivo de Deus ser revelado em termos masculinos na Bíblia. No que concerne ao gênero, a Bíblia tinha três escolhas: masculino, feminino ou neutro.

Podemos excluir logo o neutro. Isso porque pronomes neutros não existem no hebraico, a língua do Velho Testamento, que primeiro introduziu Deus a nós. Ainda, o Deus bíblico é um Deus pessoal, a quem nós podemos e devemos nos relacionar. E não podemos nos relacionar, e quem dirá obedecer ou amar, uma “coisa” de gênero neutro.

À parte dessa questão da linguagem, a Bíblia retrata Deus através de termos masculinos, pois, primeiro: a preocupação na Bíblia hebraica é fazer um mundo bom. Segundo: um mundo bom só pode ser alcançado criando pessoas boas. Terceiro: as pessoas que cometem praticamente toda a violência no mundo são homens. Sendo assim, é do interesse de ambos, homens e mulheres, que Deus seja retratado como uma figura masculina.

Aqui está a razão: Sem um pai ou outro ser masculino que determine as regras, jovens rapazes são provavelmente capazes fazer grande mal. Se não houver uma figura de autoridade masculina para impor regras aos meninos em fase de crescimento, é mais difícil que eles consigam controlar os seus impulsos rebeldes.

Como o Presidente Barack Obama discursou em 2008: “Crianças que crescem sem um pai são cinco vezes mais propensas a viverem na pobreza e a cometerem crimes, são nove vezes mais prováveis de abandonar a escola e têm vinte vezes mais chances de acabarem na prisão. ” Ao comentar sobre essa palestra, o Dr. Alvin Poussaint, psiquiatra da Escola de Medicina de Harvard confirmou a estatística: “A ausência da figura paterna está relacionada a uma série de males sociais, incluindo a evasão escolar e o encarceramento prisional. ”

Em outras palavras, se o objetivo principal de alguém é um mundo melhor – especialmente um mundo com bem menos homicídios, abuso infantil, assaltos e estupros – Deus representado em termos masculinos (um Pai no Céu), e não como uma “deusa” (uma Mãe no Céu), há de ser a fonte dos comandos morais, tais como “Não matarás” e “Não roubarás”.

Se a figura do pai e educador de que os garotos tanto precisam não está na Terra, a autoridade moral masculina de Deus serve como um efetivo substituto. Qualquer desconforto que você possa sentir com a figura masculina de Deus não se compara com a dor que todos nós sentiremos se meninos não forem civilizados para se tornarem bons homens.

Para transformar um menino rebelde em um homem bom, um modelo de padrão masculino é tão necessário quanto uma autoridade que fornece as regras. Então, quando a Bíblia mostra Deus como sendo misericordioso, compassivo e cuidadoso com os pobres e com as viúvas, não está somente visando descrever Deus, mas também quer providenciar esse modelo de comportamento para a humanidade, especialmente para que os homens possam imitá-lo.

Se Deus fosse descrito como uma mulher, os jovens rapazes considerariam traços de compaixão, piedade e cuidado aos oprimidos como sendo traços femininos, e não se identificariam com eles. Mas se Deus, o Pai que está nos Céus, que é forte – e em algumas ocasiões até mesmo guerreiro – se importa em cuidar dos pobres e ama a justiça, a misericórdia e a bondade, então esses traços são também masculinos e podem ser imitados.

O argumento de que meninas precisam igualmente de um modelo feminino para evitar atitudes violentas não é uma verdade objetiva – porque o problema do caos e da violência é esmagadoramente masculino. Claro que as garotas também precisam de bons modelos femininos, mas não para evitar serem violentas.

E assim como os garotos, meninas são mais propensas a obedeceram uma autoridade masculina. Em um relatório divulgado pela Associação de Psicologia de Minnesota concluiu-se que: “No estudo com presidiárias mulheres, mais da metade provém de lares sem a presença paterna. ”

Então, até irônico que algumas mulheres tentem desfazer a figura masculina divina, na qual se baseia a moralidade religiosa do Ocidente. Porque se o objetivo dessas pessoas for atingindo, são as mulheres que mais sofrerão com a barbárie dos homens.

Nós já temos pais ausentes demais na Terra para sequer insinuar que não temos o Pai celestial.

Traduzido de https://www.prageru.com/video/why-god-is-a-he/

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