Governo pede que empresas avaliem liberar trabalho de casa para evitar contágio por coronavírus em Goiás Solicitação é válida para companhias públicas e privadas e até ONGs. Segundo Saúde do estado, há quatro casos confirmados da doença, 85 suspeitos e nenhuma morte.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) pede que as empresas públicas e privadas avaliem a possibilidade de liberarem os funcionários administrativos para trabalharem de casa. A medida é mais uma ação para evitar a disseminação do coronavírus. A solicitação está no mesmo documento que suspende aulas pelos próximos 15 dias, pelo mesmo motivo.
O órgão informou que há quatro casos confirmados em Goiás, 85 suspeitos e nenhuma morte. Os testes positivos para o coronavírus são de três pessoas em Goiânia e uma em Rio Verde, no sudoeste goiano.
A nota técnica emitida no domingo (15) pela SES solicita “avaliação imediata da possibilidade de realização de teletrabalho em todas as áreas com perfil administrativo, resguardando atendimento ao cidadão”.
O G1 entrou em contato por e-mail e mensagem, nesta madrugada, com a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio) para pedir um posicionamento sobre a solicitação do governo e aguarda retorno.
Na sexta-feira (13), a Fecomércio divulgou um comunicado sobre o assunto. A nota pede que os empresários e trabalhadores “reforcem os bons hábitos de higiene” e que haja “reforço da oferta de álcool em gel e toalhas descartáveis em nossos estabelecimentos”.
Os órgãos públicos já receberam a recomendação de, se possível, diminuir o efetivo e trabalhar em revezamentos, ou de casa. A Defensoria Pública e o Ministério Público de Goiás passam a atender apenas casos urgentes.
Shoppings e comércios já informaram que estão oferecendo álcool em gel e orientações sobre higienização.
Redução de impostos
A Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) informou que “pede aos governos estadual e municipal que reduzam, provisoriamente, impostos para os setores da economia goiana que venham a sofrer com queda nas vendas acima de 70%”.
Segundo o órgão, a “situação exige medida de emergência para preservar empregos” e que “pode levar a fechamento de empresas e demissões em massa”.
O G1 entrou em contato com o governo de Goiás e com a Prefeitura de Goiânia para pedir um posicionamento sobre o alerta e aguarda retorno.
Medidas de prevenção
O governo de Goiás, a Prefeitura de Goiânia e de outras cidades do estado já estão se mobilizando para evitar aglomerações, melhorar a higienização das mãos e a etiqueta respiratória.
As escolas públicas e privadas devem ter aulas suspensas pelos próximos 15 dias. A medida pode ser prorrogada após o fim do período. A Universidade Federal de Goiás (UFG) suspendeu as cerimônias de colação de grau.
O transporte coletivo está recebendo uma higienização reforçada para também evitar a transmissão do vírus.
As visitas ao Parque Mutirama e Zoológioco foram suspensas pela Prefeitura de Goiânia. O mesmo foi recomendado para shows, atrações culturais e eventos religiosos.